sexta-feira, 15 de agosto de 2008

"Tá fudiiiiido!!!!!!!!...."



Hahahaha… foi o que ouvimos na aduana Peruana, do cara que vistoriava os veículos…rsrsrrs.. ele trabalhou na fronteira do Peru com o Brasil e reconheceu a gente na hora… Mas a passagem pela fronteira foi bem tranquila. Demorada (2 h 40min), mas sem stress. Muito papel, principalmente na entrada do Peru..

Mas antes de falar do Peru (estamos em Arequipa), preciso pedir licenca aos meus colegas de viagem e afirmar: vai ser difícil encontrar no resto da viagem lugares mais bonitos que o deserto do Atacama. Acho que os salares de Uyuni podem equivaler. Machupichu vai ter uma beleza diferente, muito mais pelo significado, que pelo visual..

Nos dois dias que passamos em San Pedro, pudemos conhecer, alem dos geisers e piscinas quentes, o Salar do Atacama e o Salar de Tara, este último situado quase na fronteira entre Chile, Bolivia e Argentina, a mais de 4.500 metros de altura. Foi um dia especial, este passeio pelo Salar de Tara. Inclusive com direito a almoco aos pés da “Catedral”, formacao rochosa criada pela erosao dos ventos. As nossas normais máquinas de tirar foto simplesmente nao conseguem capturar a imensidao que é o deserto, a variacao das cores, a sinuancia das montanhas, o frio extremo do vento andino. Entao…. Um conselho: nao percam a oportunidade de visitar toda esta regiao.

Nos despedimos de San Pedro de Acatama na quarta cedo, eu ainda com ressaca do porre do excelente vinho chileno do jantr da noite anterior. Saimos para jantar com o grupo que nos acompanhou nos passeios. Um casal de españoles e três francesas, estudantes. Muito legal esta possibilidade de intercambio cultural, em lugar como San Pedro.

De San Pedro, seguimos para Iquique, 493 km, pelo litoral. Dia feio (fechado) e visual rezoável. Ainda existe muita sujeira nas estradas chilenas e o dia cinza entristeceu um pouco a despedida de San Pedro. De Iquique, seguimos logo cedo e cruzamos a fronteira com o Peru, na quinta. Acabamos dormindo em Moquegua, depois de percorrer 525 km. E este dia foi muito bom. A viagem, por esta parte do deserto, tem o seu charme. Sao retas infinitas, de um deserto de areia fina e a Cordilheira dos Andes te acompanhando pela direita. De repente, uma sequencia de curvas incriveis, deliciosas. Retas nos topos das montanhas, curvas nas transicoes. E no fundo dos vales, onde ainda é possível encontrar água, verdadeiros oasis verdes. E assim é Monquegua, uma cidade nao tao linda, mas encravada no fundo de um vale verde. Terra do melhor pisco peruano e, como nao podeia deixar de ser, jantamos super bem, com piscosauer. Ficamos em um hotel show de bola… e quando entramos na cidade, percebemos o quando caotico e ruim é o transito nas cidades um pouco maiores no Peru. Todo mundo busina, nao existe seta e muito menos faixa. É uma loucura.

Saimos hoje cedo e apenas 220 km depois, já estamos em Arequipa, em plena semana de festas, onde se comemora o aniversário da cidade. Já nos instalamos e como no hotel tem Internet, estou aproveitando..hehehehe.. afinal… foram longos dias sem noticia.

Vamos sair á noite para festejar, com muito pisco e muita farra. Amanha cedo, seguimos para Chivay, onde ficamos dois dias, principalmente para conhecer o Canon de Colca, segundo maior do mundo. Depois seguimos para Cuzco, onde certamente poderei atualizar o site…..

Haaaa.. ia me esquecendo. A estrada entre Moquegua e Arequipa é algo de delicioso. O mesmo deserto, com o seu tom creme lindo, as mesmas retas infinitas e as deliciosas curvas perfectas em descida e subida… hummm… como é bom viajar de moto.. e big-trail.. de bicilindrica… e, que me desculpem os outros… de BMW…hahahahahaha.. ..ou melhor... BM doble VE...

Fui..